Acervo em Transformação – MASP
Imaginem no ano de 1968, na inauguração da sede do MASP, na Avenida Paulista, as obras de arte serem apresentadas em cavaletes de cristal , com base de concreto!
Diferente, não?
As legendas foram colocadas no verso de cada obra, pois Lina Bo Bardi (1914-1992) arquiteta , autora da ideia e do projeto do museu, queria que o público, ao encontrar a obra, estivesse livre de qualquer interferência, de contextualizações, título ou da própria autoria. Dessa forma os visitantes podiam ficar mais próximos da obra, permitindo um olhar bem mais contemplativo.
No verso eram colocadas as informações mais relevantes como, nome do autor, data, e outros.
Não é o máximo?
Pois esses cavaletes foram aposentados em 1996 e trazidos de volta em 2015. Em 2018 foi decidido que toda a mostra apresentada com uma instituição parceira, seria exposta nos cavaletes de cristal.
E nesse momento, o MASP apresenta, até 30 de dezembro, uma parceria com o Museum of Contemporary Art Chicago.
Mesmo com as novas aquisições e rotatividade das obras, essas parcerias permitem ao MASP cubrir algumas lacunas históricas de seu acervo . Embora a obtenção de novas obras por parte do museu e a rotatividade das já existentes permita um dinamismo a cada exposição, o intercâmbio proporciona uma constante renovação. Obras de René Magritte, Roberto Malta, Andy Warhol, Robert Rauschemberg, Cindy Sherman, Louise Borgeois e muitos podem ser admiradas pelo público.
Não deixe de visitar, a exposição está maravilhosa!
Que bárbaro. Depois do teu comentário vim.olhar meu email é vi está descrição da mostra. Engraçado é que fui perguntar a uma das moças que ficam observando os visitantes o porque daquele modo de expor e ela me respondeu que era ordem cronológica. Achei meio sem nexo. Depois ouvi de um visitante que a exibicao era professoral. Cada observador devia analisar bem a obra é tentar descobrir quem era o autor. Esse sim chegou perto da intenção da curadoria.
Sim, a ordem é cronológica, começando pelos mais atuais. Às vezes eles invertem.
Quanto a professoral , acho que a pessoa viu dessa forma. Mas a intenção de não colocar o nome do autor nem título seria para deixar a obra livre de qualquer interferência.