Anselm Kiefer, o impacto na exposição Fallen Angels
No mesmo período que fui para a Bienal de Veneza fui a Florença porque tinha dois objetivos: o primeiro era visitar a exposição do artista alemão Anselm Kiefer.
O segundo? vou contar depois…
“Fallen Angels” foi exibida do Palazzo Strozzi, na zona central de Florença, e foi uma das mostras mais impactantes que visitei.
Conhecido por suas obras monumentais que combinam pintura, escultura e instalação, o artista explora temas como memória histórica, a devastação da guerra e a complexidade da identidade cultural européia.
No Palazzo Strozzi, o artista transformou os espaços históricos em uma experiência imersiva, com obras que dialogam com a arquitetura renascentista do prédio.
Kiefer é conhecido por usar materiais como chumbo, cinzas, terra e até objetos do cotidiano, trazendo uma carga física e simbólica para suas obras.
A exposição também mostra seu contínuo interesse na história, literatura e mitologia, usando referências de filósofos e escritores como Paul Celan, Friedrich Hölderlin e Ingeborg Bachmann.
A mostra foi amplamente elogiada pela crítica, destacando como Kiefer consegue criar uma ponte entre o passado e o presente, oferecendo uma reflexão profunda sobre as tragédias e a resiliência da história europeia.
A monumentalidade das obras, muitas vezes de caráter sombrio e melancólico é compensada por uma reflexão poética e filosófica sobre a condição humana, o que tornou a mostra impactante tanto visual como emocionalmente.
Sobre o artista:
Anselm Kiefer é um dos maiores nomes da arte contemporânea mundial.
Pintor e escultor, nasceu em 1945 na Bavária (Alemanha), durante os meses finais da II Guerra Mundial. Teve sua vida caracterizada por uma identidade pós-guerra desde sempre.
Atualmente vive e trabalha na França.