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Money Talks, Money Talks

Basel or Bagel?

Na semana passada, vivemos uma intensa semana de Arte em Miami. Ponto geograficamente estratégico, que conecta as Américas e a América para outros continentes !

A Art Basel é o X da questão. Ela fecha o ano global das feiras com chave de ouro, garantindo o maior número de vendas e galerias. Esse ano, com menos visitantes, mas com um efeito “Trump Bump”. Após as eleições americanas, o investimento em obras de Arte no portfólio, vem ganhando força como uma alocação segura, que independe de posições políticas. Além disso, o setor imobiliário em Miami explodiu, com fundos de investimos migrando de


NYC para encontrarem um lugar ao Sol das praias da Flórida!

Definitivamente, “money talks”!

 

Mas a melhor notícia da temporada, foi o aumento de galerias brasileiras na Basel e nas feiras satélites, que são muito interessantes! O Brasil possui uma produção cultural vasta, tem um mercado resiliente e fez bons negócios por lá.

Em números, tivemos 48 obras de artistas brasileiros sendo expostas na Basel. Com 17 galerias brasileiras e 31 galerias internacionais, exibindo artistas brasileiros. Isso signica que mais de 17% dos participantes estavam mostrando nossos talentos brasileiros. E com vendas significativas confirmadas como Daniel Senise, Abraham Palatinik, Mestre Didi, Emanoel Araújo.

Um viva para os artistas gaúchos que estavam com obras expostas, como Detanico & Lain na Galeria Vermelho, Saint Clair Cemin na Millan, Vera Chaves Barcellos na Zielinsky, Lúcia Koch na Nara Roesler, Ione Saldanha na Simões de Assis.

Destaco também, a Untitled, mesmo me surpreendendo mais com a Miami Art Fair, que também contava com galerias brasileiras e artistas que já estiveram na Bienal do Mercosul. Por fim, nosso recado é que temos que aplaudir de pé essa força nacional, participar de feiras no exterior exige estratégias de mercado qualificadas e apresentar recortes muito bem pensados. Os custos são muito elevados e a maioria das galerias apresentam trabalhos sólidos e já validados no mercado. Arriscar e arriscar com o dólar nas alturas, são momentos diferentes.

Mesmo assim, a Basel Miami, com direção de Bridget  Finn, foi convidativa e intimista, abrindo espaços para galerias menores e novas, sem perder a vibração intensa do local. Miami é receptiva, dinâmica, e muito envolvente. Adoramos ver o movimento em toda cidade, com ativações de Arte em todos os cantos, para esperar pessoas do mundo inteiro.

É muito importante para nós brasileiros, prestigiarmos nossas galerias e artistas, incentivarmos a Arte como estratégia de País. Criar espaços, aproximar mais pessoas, entender a Arte como estratégia de negócio. Estamos vivendo um momento formidável e temos que nos orgulhar!

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